Artigo: Mais profissionalismo e menos corporativismo, por favor

A má gestão pública é hoje o tendão de Aquiles do brasileiro. É o nosso ponto fraco e a culpada pela imensa maioria dos problemas que hoje atinge e aflige eu, você e qualquer cidadão de bem.

Se hoje não há médicos suficientes dentro dos hospitais, se não há professores nas escolas, se não há as condições mais básicas de saúde e higiene chegando a todos os brasileiros, é culpa sim da má gestão dos recursos públicos.

Se você se sente inseguro ao chegar em casa, se fica indignado quando é maltratado dentro de repartições públicas ou quando os serviços oferecidos são precários, dentre outras coisas, é tudo culpa sim de uma administração pública ineficiente.

Pior, essa mesma ineficiência em gerir está ligada diretamente a algo que o brasileiro já conhece desde o descobrimento de suas terras há mais de 500 anos: a corrupção.

É triste ver que começam e terminam mandatos e os problemas só se multiplicam. Mais falcatruas. Mais políticos afastados. Falta dinheiro para isso. Falta dinheiro para aquilo. Vide o belo exemplo que, em 2016, o governo do Rio de Janeiro nos deu decretando estado de calamidade pública devido ao agravamento da crise financeira. Um dos Estados mais ricos e desenvolvidos do país.

Isso só acontece porque o Brasil vem insistindo em um modelo de gestão infrutífero e inoperante. O que a gente vê hoje é um excesso de faltas: falta de planejamento, falta de comprometimento, falta de fiscalização, falta de ética, falta de pessoal qualificado, falta de um olhar coletivo e falta de vergonha na cara.

Nós, os contabilistas, talvez mais do que qualquer outro profissional, sentimos na pele diariamente os estragos que a ineficiência da gestão pública causa.

Felizmente, existe salvação. Há iniciativas louváveis, mas elas precisam pipocar mais. A Redesim, por exemplo, foi uma ótima sacada que permitiu a integração de orgãos estaduais, municipais e a federação, simplificando procedimentos em casos de abertura, fechamento e alteração de empresas. Apesar disso, na prática, ainda não está funcionando como deveria, não pelo menos em Curitiba, onde eu venho acompanhando as tratativas de perto.

Enfim, é de mais profissionalismo e de menos corporativismo que a gente necessita. Não é uma questão de luxo; é necessidade, é sobrevivência mesmo. Precisamos de governantes alinhados e comprometidos com a eficiência do nosso sistema e o bem-estar do povo.

É imprescindível também que cada cidadão faça a sua parte, acompanhando os passos dos nossos governantes, cobrando-os quando for necessário e agindo sempre de maneira honesta em suas vidas. Assim, certamente, teremos um país mais justo e igualitário. É o que todos queremos, tenho certeza.

hugo

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