Excesso de impostos prejudica contribuintes

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Lideranças empresariais de 20 capitais brasileiras e 18 cidades paranaenses acompanharam nesta sexta-feira (16) a videoconferência que marcou o lançamento nacional do movimento A Sombra do Imposto, articulado pela Federação das Indústrias do Estado do Paraná (Fiep). Durante o evento, também foi lançado o Feirão do Imposto 2011, mobilização que levou às ruas de mais de 100 municípios de todo o país neste sábado (17) informações sobre o quanto as pessoas pagam em tributos ao adquirir diferentes produtos. Em Curitiba, a principal mobilização aconteceu no calçadão da Rua XV de Novembro.

O lançamento nacional do movimento A Sombra do Imposto foi acompanhado pelo diretor do Sicontiba, Juarez Tadeu Morona Filho; vice-presidente do CRCPR, Lucélia Lecheta e conselheira do CRCPR, Márcia Cristina de Almeida

Durante o evento, o gerente-executivo da Unidade de Política Econômica da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Flávio Castelo Branco, fez uma palestra em que mostrou como a injustiça tributária brasileira afeta a competitividade das empresas. Segundo o economista, a injustiça fiscal tem três dimensões principais: a carga tributária excessiva; a maneira desigual com que ela incide sobre diferentes segmentos produtivos; e a tributação regressiva na sociedade, que cria desigualdades entre contribuintes.

Para Castelo Branco, a sociedade brasileira precisa lutar para que seja feita uma reforma tributária que assegure os direitos e garantias do contribuinte. “E qualquer reforma deve partir do princípio de que a carga tributária não deve ser aumentada e que o crescimento de recursos tributários deve advir do crescimento da economia”, declarou.

O economista afirmou ainda que a mobilização de entidades representativas em torno de movimentos como A Sombra do Imposto e o Feirão do Imposto são importantes para colocar a questão da tributação como um item da agenda de discussões da sociedade.

“Se a sociedade não explicitar para seus representantes no Congresso Nacional que se incomoda com a carga tributária, nada vai mudar”, diz Castelo Branco.

Atuação das entidades

A conferência desta sexta contou com o apoio do Sicontiba e foi promovida pela Fiep, em parceria com a Associação Comercial do Paraná (ACP). Para o presidente eleito da Fiep e coordenador do movimento A Sombra do Imposto, Edson Campagnolo, a união do maior número possível de entidades em torno do tema é fundamental para exigir mudanças no sistema tributário brasileiro. “Fazemos questão de registrar que A Sombra do Imposto nasceu na Fiep, mas é um movimento do qual não pretendemos ter a paternidade. Ele está aberto a todas as entidades e é a nossa união que levará à reforma tributária”, afirmou. “Esperamos atingir todo o Brasil para que o Congresso Nacional se sensibilize da necessidade de promover as mudanças que tornem a carga tributária mais justa”, acrescentou.

Para o presidente da ACP, Edson Ramon, movimentos como A Sombra do Imposto e o Feirão do imposto são importantes para despertar a conscientização e indignação da sociedade em relação à elevada carga tributária brasileira. “O que queremos é uma justiça fiscal. Hoje o que percebemos é que a arrecadação cresce muito acima do PIB, havendo um avanço sobre a renda do cidadão tanto pessoa física quanto jurídica”, declarou.

Serviço

Mais informações sobre os movimentos podem ser obtidas nos sites www.sombradoimposto.org.br e www.feiraodoimposto.com.br.

Redação e foto: Hélicon Barros – Compartilha Notícias

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